A história tinha como ponto de partida um noivado desfeito no dia do casamento, quando Andréa (Regina Duarte) descobre que o noivo, Luciano (Geraldo del Rey), está apaixonado por sua irmã, Flor (Myrian Pérsia). Desiludida, foge de todos encontrando o verdadeiro amor nos braços de Marcelo Montserrat (Claudio Marzo), um corredor de automóvel, às voltas com Irene, mulher irônica e despojada. Luciano engravida Flor. Depois se descobre apaixonado por Andréa, quando ela já estava casada com Marcelo. Luciano, ao encontrar Andréa sozinha em outra cidade e Flor dando a luz e renegando o filho (assumido por Andréa), não nega para Marcelo que o filho é dele com Andréa.
Flor não quer assumir o filho sozinha por vergonha de ser mãe solteira. Então resolve abandonar a criança, que ficou sob a guarda de Andréa. Algum tempo depois, Flor se casa com outro homem, que queria ter filhos. Ao ouvir a confirmação de um especialista de que não poderia mais ser mãe, ela resolve pedir o seu de volta. A partir deste momento, a novela começa a girar ao redor da disputa das duas irmãs. Com quem ficaria a criança? Com a mãe adotiva ou com a mãe verdadeira, que a abandonara.
Regina Duarte e O juiz Eliézer Rosa
A disputa pela guarda da criança mobilizou o país, então Daniel Filho teve a idéia de realizar um julgamento de verdade em cena. Para isso convidou o juiz Eliézer Rosa e um júri de pessoas comuns. O destino da criança foi parar nas mãos do juiz e ninguém, nem mesmo o diretor, sabiam por antecipação qual seria o resultado. Para não perder a emoção, o julgamento foi gravado direto, sem ensaio, e a emoção e tensão das atrizes era totalmente real. A mãe adotiva saiu vitoriosa.
A novela, uma explosão de audiência no país, foi uma espécie de tiro no escuro, que deu muito certo. Nada era rigorosamente pré-definido, valia qualquer coisa para fazer da novela um grande sucesso. O personagem interpretado por Myrian Pérsia dividiu as opiniões femininas das mulheres de 1969, que não se consideravam capazes de julgá-la, já que na época, ser mãe solteira era considerado desonra.