A primeira visão que tive da Regina Duarte foi quando a vi
numa cena ao carrossel, meio moleque, meio menina, com um bonezinho na cabeça e
um largo sorriso tão esplendoroso e fortemente cativante que me marcou para
sempre. Ainda um menino de apenas cinco anos de idade que morava na Bahia e já
sabia ligar e sintonizar sozinho o meu canal preferido da TV. Este fato
aconteceu quando assisti à telenovela das sete “Minha Doce Namorada”. Naquela
ocasião não tínhamos internet. A televisão era uma novidade arrebatadora (ainda
em preto e branco). A novela era uma combinação de algodão doce com maçã do amor.
Era tudo muito puro, original. Que saudade da infância perdida, no melhor
sentido da palavra. E da criançada da minha geração que vibrava a cada cena. O
maravilhoso disso tudo é que a grande atriz
(Regina Duarte) permanece tão essencialmente bela como na minha memória
televisiva. Eu não volto mais no tempo... Só nas minhas lembranças! Mas, quando
a encontrei, tive a sensação de voltar no tempo. A nossa eterna Namoradinha do
Brasil é única! É merecedora de todas as homenagens desses 50 anos de carreira.
O semblante sereno e a voz delicada de Regina Duarte são fascinantes. A bela é
uma fera na arte de interpretar, e marcante com a sua beleza e talento. Essa
grande atriz brasileira é um orgulho para a nossa arte dramática. O Brasil é o
único país no mundo que tem uma namorada, e ela é Regina Duarte.
1971