sexta-feira, 13 de junho de 2008

NOVELA: DESPEDIDA DE CASADO (1976)


Globo - 22h
novela de Wálter George Durst
direção de Wálter Avancini


SINOPSE

Stela e Rafael formam um casal estabelecido, que se encontrou e se amou com toda paixão. Mas, depois de mais de dez anos de união, há o desgaste normal, com problemas familiares que se foram acumulando. Obrigados a enfrentar realisticamente os problemas do dia-a-dia, o casamento começa a se desintegrar. É a fidelidade ao amor, e com o objetivo de reconquistar o relacionamento, que leva Stela e Rafael a procurar o consultório do Dr. Laio, um psicanalista que desenvolve uma terapia com outros casais com o mesmo problema: casamento em crise.


Entre vários casais, o Dr. Laio trata de Lídia e Roque e de Rejane e Odilon. Lídia é uma mulher de mais idade que não acompanhou o desenvolvimento normal do marido, o Dr Roque. Quando ela desperta para esta realidade, está aquém de Roque e com dificuldade de recuperar o tempo que perdeu. Isto conduz a uma separação ou não?


Rejane, fixada no marido, Odilon, não consegue romper essa dependência, nem nas diversas vezes em que é abandonada. Diante de uma separação definitiva, do desquite inevitável, entra em violenta crise emocional, sem condições de racionalizar seus problemas.


ELENCO
REGINA DUARTE - Stela
ANTÔNIO FAGUNDES - Rafael
CLÁUDIO MARZO - Laio
ROSAMARIA MURTINHO - Rejane
NELSON CARUSO - Odilon
MARIA FERNANDA - Lídia
FELIPE WAGNER - Roque
REGINA VIANA - Vera
OSMAR PRADO - Cássio
CARLOS EDUARDO DOLABELLA - Luizão
JOSÉ AUGUSTO BRANCO - Inácio
JOSÉ LEWGOY
MARIA CLÁUDIA
CARLOS GREGÓRIO - Valdir
ISABELA GARCIA - Malu
LAURO GÓES - Flávio Vicente
KÁTIA D'ANGELO - Ana Isabel
Joca
JÚLIA MIRANDA


Bastidores

Um ano e três meses após proibir Roque Santeiro como subversiva, a censura fez o mesmo com Despedida de Casado, "atentatória aos bons costumes". Dez dias antes de estrear, a direção da TV Globo de Brasília recebeu um comunicado oficial do Serviço de Censura e Diversões Públicas que declarava a novela definitivamente proibida. Trinta capítulos já haviam sido gravados e outros tantos escritos e sendo produzidos - um prejuízo de Cr$ 5 milhões na época.


Quando a equipe das novelas das 22 horas começou a se preparar para a produção daquela que se seguiria a Saramandaia, quatro sinopses foram enviadas ao Serviço de Censura, em Brasília. Eram O Casamento, de Wálter George Durst; uma adaptação de Dona Flor e Seus Dois Maridos; uma adaptação das crônicas de A Vida Como Ela É de Nelson Rodrigues; e uma adaptação de A Vida Escrachada de Baby Stompanato, de Consuelo Martines. Dessas quatro sinopses, apenas O Casamento foi liberado, mesmo assim com restrições quanto ao comportamento dos personagens esquizofrênicos que participavam de um grupo de análise.


Com a sinopse liberada e o título alterado para Despedida de Casado, o texto de Durst começou a ser gravado normalmente. O texto dos 30 primeiros capítulos já havia sido submetido à censura e estava aprovado, quando se iniciaram as gravações. Mas quando os capítulos gravados, editados e sonorizados, foram para as mãos da censura, a opinião dos censores mudou.

Wálter George Durst, o autor, declarou: "Estava trabalhando nesse enredo há quase três anos (...). A idéia era começar justamente onde todas as novelas acabam. Ou seja: a vida dos personagens centrais a partir do casamento".

A novela estrearia no dia 3 de janeiro de 1977, às 22 horas. Em seu lugar, a Globo reapresentou O Bem Amado em capítulos compactos.
Praticamente todo o elenco de Despedida de Casado foi aproveitado na nova produção do horário, Nina, também escrita por Wálter George Durst, que estreou em junho de 1977.
A abertura com seu tema musical (Bandido Corazon, de Ney Matogrosso) foi aproveitada na abertura de Coquetel de Amor, a novela dentro de Espelho Mágico.
Tema de Abertura:

BANDIDO CORAZON - Ney Matogrosso
 (Rita Lee) 

Bandido, bandido, bandido corazon.
No voy poder te amar.
 Bandido, bandido, bandido corazon.
No puedo controlar
Quero te pedir minhas desculpas.
Isso sempre acontece.
Tenho um coração que é desvairado.
E nunca me obedece.
Eu já sou um cara meio estranho.
Alguém me disse isso uma vez.
 Meu coração é de cigano.
Mas o que me salva é minha insensatez
Bandido, bandido, bandido corazon.
 No voy poder te amar
Bandido, bandido, bandido corazon.
 No puedo controlar
Eu que sempre fui chegado.
Ao romance e aventura.
Eu talvez seja condenado.
 A viver perto da loucura.
 Por isso quero te pedir minhas desculpas.
Eu canto mais uma vez.
 Meu coração é desvairado, eu sei.
Mas o que estraga é a sua timidez
Ai, ai, ai, ai, ai, ai...Bandido, bandido, bandido corazon.
No voy poder te amarBandido, bandido, bandido...

Um comentário:

quemequemnamusicabrasileira disse...

Gostaria de saber as datas de início e término da novela "Despedida de casado" para posterior pubicação no meu grupo, musicadenovela_noplaneta, no Yahoo. Grato.