quinta-feira, 29 de maio de 2008

A SEXY ESTRELA REGINA DUARTE

Ambígua.
Menina e Mulher. Pessoa e Personagem.
A Mais Sexy das Ingênuas.

REGINA DUARTE
Fotos: Luís Trípoli/Produção: Fernando de Barros.

Dez anos atrás, a adolescente bailarina Regina Blois Duarte abriu mão do seu nome do meio e resignou-se a ocultar seu corpo, da cintura para baixo, de forma a se adaptar aos enquadramentos da TV. Assim, como Regina Duarte, simplesmente, e apenas com o que o veículo selecionou de sua anatomia – o rosto, basicamente – veio a se tornar a única figura feminina com peso mítico equivalente ao de Roberto Carlos em todo o país.

Ao longo de quinze elásticas novelas, os telespectadores acompanharam piedosamente suas desventuras pontilhadas de vilões, rivais, diferenças de classe, e toda a sorte de doenças, a caminho do final feliz. No último capítulo, geralmente aos pés do altar, seu sorriso era a garantia, para milhões de Reginas, de que o bem, a pureza, a coragem e a humildade sempre trazem a justa paga. Ou, pelo menos, a próxima novela.
Então, de repente, o escândalo: não haveria mais próxima novela. Do alto de seus estonteantes índices de audiência, Regina dava um salto no escuro para voltar ao teatro, um gênero onde não fora particularmente feliz em duas tentativas anteriores. E, escândalo maior, a ex-namoradinha do Brasil iria viver, na peça Reveillon, de Flávio Márcio, o papel de uma prostituta.


- Vamos esclarecer esses dois pontos: em primeiro lugar eu não deixei a televisão, deixei as novelas e por puro cansaço. Em segundo lugar, detesto termos como “prostituta”, “negro”, “judeu”. São termos que restringem uma pessoa, e o personagem que eu faço na peça, a Janete, é mais uma garota de programas, uma moça esmagada entre a classe média em que vive e os sonhos criados pelos meios de comunicação.
(Sua voz é mais grave que na TV, seu rosto não aparenta os 28 anos que tem, seu corpo parece maior do que o 1,60m que mede.)

- O corpo, voltando ao teatro, tive que reaprender a usá-lo. Fui criada cheia de preconceitos, como toda minha geração, e, durante a adolescência, ele me parecia uma coisa muito vergonhosa, sabe, aqueles seios crescendo... Acho que por causa dessa formação é que fui descobrir o prazer que ele pode dar só um ano depois de casada! Outra grande transação com o corpo foi durante a primeira gravidez. Mas ele continua sendo uma coisa muito íntima, sabe, que reservo só para os que eu amo.

Entre seus amores, além do marido e do primogênito, está sua segunda filha, Gabriela, que ela pretende educar vendo no corpo “uma coisa pra ela curtir bastante, sabe, uma fonte de grandes prazeres...”

(Puxa, mas é uma Regina realmente surpreendente essa liberal tão disposta a lutar, no teatro e na vida real, contra tabus e acomodações! Morreu, então, a ingênua água-com-açúcar que ela tão bem representava, até ontem, como pessoa e como personagem?)

- Regina, você faria um papel que a obrigasse a representar nua?

- Não... Hoje eu ainda tenho que responder que não... (Longa pausa) Que coisa! Olha como você me deixou vermelha!

Fã de Fellini e de Ingmar Bergman, entre seus planos está uma volta ao cinema, provavelmente sob a direção de Roberto Santos.

“Meu corpo é uma coisa muito íntima que reservo só para os que eu AMO”.

“Há um ano atrás, eu não sentia dores, mas também não vibrava. Hoje, posso sofrer pra burro, mas também sou capaz de grandes alegrias. Quer dizer, apesar de ainda não estar tão rápida como gostaria, estou conseguindo me aprofundar mais em mim e nas pessoas. Há um ano atrás eu estava anestesiada... Hoje, estou viva.”

TEATRO: REGINA DUARTE


Regina, em sua belíssima carreira, viveu pelo menos duas PROSTITUTAS...

Vamos a elas: Numa participação especialíssima em 1995 no 'remake' da novela "Irmãos Coragem" de 1970 com uma ceninha relâmpago ao lado da filha (Gabriela Duarte) que vivia a personagem "Ritinha" encontramos a primeira prostituta. O 'remake' era uma espécie de comemoração dos 30 anos da TV Globo e vários artistas que atuaram na primeira versão da novela em 1970 (Regina era a Ritinha) estavam lá!

A segunda: Janete da peça teatral "Revèillon" de 1975.

Tema caro a Flávio Márcio, a incomunicabilidade inerente às relações humanas, principalmente familiares, é o ponto central abordado pelo espetáculo, que mostra o cotidiano de um lar de classe média paulistana à véspera do Ano-Novo. Central também é a personagem Janete (papel consagrado por Regina Duarte há quase 30 anos), a filha que se prostitui para sustentar a casa. Das primeiras horas da manhã até a meia-noite do dia 31 de dezembro, em meio aos rituais típicos da data e flashbacks, ela assiste à própria decadência e à de seus familiares, a mãe Adélia, o pai Murilo e o irmão mais novo, Guima.
Abaixo, o que a crítica disse da peça e de nossa estrela...
10/ 4/ 1975 - São Paulo/SPTeatro Sesc Anchieta


Texto de Flávio Márcio, integrante de trilogia dedicada à análise da classe média, síntese de seu pensamento autoral. A trilogia é formada À Moda da Casa, 1973; Revèillon, 1974, e Tiro ao Alvo, 1978. Em todos eles o autor efetiva uma análise do núcleo familiar de classe média, revelando aspectos soturnos, grotescos e, especialmente, seus rituais esvaziados e que beiram o absurdo. Seu estilo evidencia um humor ríspido, e não raro apela para um realismo fantástico.


Revèillon sobe à cena, inicialmente, numa montagem de Aderbal Freire Filho, com o Grêmio Dramático Brasileiro, em 1974. A montagem chama a atenção da crítica e faz Regina Duarte por ele interessar-se, produzindo-o no ano seguinte em São Paulo, obtendo grande repercussão e contribuindo para firmar o autor no panorama artístico.


A direção de Paulo José aliada à grande sensibilidade dos cenários e figurinos de Flávio Império, constrói um apartamento cercado de outdoors publicitários, onde a projeção de slides torna a opressiva vida urbana materializada em cena, potencializando os conflitos. A festa de Revèillon, entremeada com dados do passado trazidos a cena por flashbacks, revela as personagens, que não sabem ou não conseguem expressar o que aconteceu às suas vidas. A emergência do final do ano evidencia as diversas crises e aponta o mesmo doloroso destino: cada um mata-se de um jeito, certos de estarem fazendo a melhor escolha.


"Quase não se acredita que Paulo José tenha realizado uma encenação tão eficaz, sendo reduzida a sua experiência nesse campo. Esse espetáculo pertence a um diretor que vai do perfeito domínio artesanal a uma imaginação fértil e uma lucidez aguda na análise do texto e na fatura da montagem. Paulo segura o espectador pelo pescoço, oprime-o pela passagem do trivial ao grotesco e ao trágico",1 destaca o crítico Sábato Magaldi em sua análise.


As interpretações do elenco constituem o outro pilar que ajuda a peça a alcançar toda sua força em cena. Como destaca a crítica Ilka Marinho Zanotto: " Regina Duarte confere verdade a todas as facetas de um personagem que desliza constantemente do plano real para o imaginário; seguida de perto pela mãe – uma Yara Amaral exccelente - que consegue traçar em duas horas de espetáculo um registro sem retoque e angustiante daqueles seres fronteiriços que, conscientes embora do naufrágio, continua pintando os parafusos do navio".2

Revèillon é o texto mais representativo do dramaturgo Flávio Márcio, que falece em 1979 deixando, além da trilogia encenada, duas peças inéditas: Um Minutinho Só e O Homem do Disco Voador.

Notas:
1. MAGALDI, Sábato. Em cartaz, uma esperança no teatro. Jornal da Tarde. [Recorte sem data. Arquivo IDART/CCSP].2. ZANOTTO, Ilka Marinho. Reveillon, a fábula da desesperança. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 abr. 1975.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

NOVELA: ROQUE SANTEIRO (1985)


Roque Santeiro foi uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo e exibida de 24 de junho de 1985 a 22 de fevereiro de 1986, com 209 capítulos. Original de Dias Gomes, escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva, com colaboração de Marcílio Moraes e Joaquim Assis e pesquisa de texto de Lilian Garcia.

Direção de Gonzaga Blota, Paulo Ubiratan, Marcos Paulo e Jayme Monjardim.Na cidade fictícia de Asa Branca, há 17 anos, o coroinha Luiz Roque Duarte, conhecido como Roque Santeiro por sua habilidade em modelar santos, morreu ao defender dos homens do bandido Navalhada o povo, logo após seu misterioso casamento com a desconhecida Porcina. Santificado pelo povo, que lhe atribui milagres, tornou-se um mito e fez prosperar a cidade ao redor da sua história de heroísmo.

Só que Roque não está morto e volta à cidade, ameaçando pôr um fim ao mito. Sua presença leva ao desespero o padre Hipólito, o prefeito Florindo Abelha e o comerciante Zé das Medalhas, principal explorador do santo. Mas o maior prejudicado é Sinhozinho Malta, o todo-poderoso fazendeiro do lugar, que vê ameaçado o seu romance com a "viúva" Porcina, que nunca foi casada com Roque e sempre viveu à sombra de uma mentira articulada por Malta. Mentira institucionalizada para fortalecer o mito e tirar vantagens pessoais.

Ao retornar, Roque interfere na relação de Sinhozinho e Porcina, além de reacender a paixão de Mocinha, a verdadeira noiva, que nunca se conformou com seu desaperecimento e que se manteve casta à espera de seu amor, mesmo pensando que ele estivesse morto. Ela é filha do prefeito Abelha e da beata dona Pombinha, sendo cortejada pelo soturno professor Astromar Junqueira, suspeito de ser o lobisomem.

Asa Branca também fica agitada com a chegada de Matilde, que monta o único hotel da cidade, a Pousada do Sossego, e traz do Rio de Janeiro duas prostitutas, Ninon e Rosaly, que vão trabalhar em sua "Boate Sexus", e enfrentar a ferrenha oposição do padre Hipólito e das beatas da cidade, comandadas por dona Pombinha Abelha.

Também chega à cidade a equipe de filmagem comandada por Gerson do Valle, o cineasta que vai filmar "A saga de Roque Santeiro". A película tem como astros principais a atriz Linda Bastos, casada com o ciumento Tito e por quem o diretor é apaixonado;e o mulherengo ator Roberto Mathias, que acaba por se envolver com a viúva Porcina, com Tânia, filha de Sinhozinho Malta, e com Lulu, a reprimida esposa de Zé das Medalhas.
 
ELENCO

Regina Duarte - Viúva Porcina, a "que era sem nunca ter sido" (Porcina da Silva)
Lima Duarte - Sinhozinho Malta (Francisco Teixeira Malta)
José Wilker - Roque Santeiro (Luís Roque Duarte)
Yoná Magalhães - Matilde Mendes de Oliveira
Lucinha Lins - Mocinha Abelha, a "viúva virgem"
Fábio Júnior - Roberto Mathias
Ary Fontoura - Prefeito Florindo Abelha
Eloísa Mafalda - Dona Pombinha (Ambrosina Abelha)
Armando Bógus - Zé das Medalhas (José Ribamar de Aragão)
Cássia Kiss - Lulu (Lucinda de Aragão)
Paulo Gracindo - Padre Hipólito
Cláudio Cavalcanti- Padre Albano, o "padre vermelho"
Lídia Brondi - Tânia Magalhães Malta
Oswaldo Loureiro - Navalhada
Ruy Rezende - Professor Astromar Junqueira
Ewerton de Castro - Gerson do Valle
Patrícia Pillar - Linda Bastos Moreyra França
Luiz Armando Queiroz - Tito Moreyra França
Wanda Kosmo - Dona Marcelina Magalhães
Nélia Paula - Amparito Hernandez
João Carlos Barroso - Toninho Jiló
Arnaud Rodrigues - Cego Jeremias
Nelson Dantas - Beato Salu (Salustiano Duarte)
Elizângela - Marilda
Maurício do Valle - Delegado Feijó
Cláudia Raia - Ninon
Ísis de Oliveira - Rosaly
Maurício Mattar - João Ligeiro (Irmão de Roque Santeiro)
Othon Bastos - Ronaldo César
Milton Gonçalves - Promotor público Lourival Prata
Ilva Niño - Mina
Tony Tornado - Rodésio
Ângela Leal - Odete
Regina Maria Dourado - Efigênia
Ângela Figueiredo - Selma Sotero
Alexandre Frota - Luizão
Cláudia Costa - Carla
Cristina Galvão - Dondinha

Participações especiais

Luís Melo - Flávio Cardoso
Lilian Lemmertz - Margarida Magalhães Malta
Paulo César Pereio - Delegado Benevides
Tarcísio Meira - Coronel Emerenciano Castor
Heloísa Helena - Madre Felícia
Lutero Luiz - Dr. Cazuza
Marcos Paulo - De Lima
Cláudio Gaya - Jurandir
Jorge Fernando - Lúcio Armando
 
CURIOSIDADES

Roque Santeiro é uma das melhores telenovelas já produzidas e um marco dentro da história da teledramaturgia brasileira. Seus personagens até hoje são inesquecíves.

Dias Gomes criou Roque Santeiro baseado em uma peça de teatro, de sua autoria, chamada O berço do herói, que havia sido censurada e proibida. A telenovela seria exibida em 1975 pela Rede Globo e já tinha vários capítulos gravados, além de chamadas anunciando sua estréia. Porém, no dia da estréia, a Rede Globo recebeu ofício do governo federal censurando a telenovela.
 
A emissora então pôs no ar uma reprise de Selva de Pedra, de Janete Clair, enquanto outra era escrita - Pecado Capital -, também de Janete. O motivo da censura foi uma escuta telefônica do governo, em que foi gravada uma conversa de Dias Gomes, em que ele afirmava que Roque Santeiro era apenas uma forma de enganar os militares, adaptando O Berço do Herói para a televisão, com ligeiras modificações que fariam com que os militares não percebessem que se tratava da mesma obra.

Dez anos depois, já no governo civil de José Sarney, a telenovela foi finalmente liberada e pôde ser exibida. Por consideração aos artistas envolvidos no trabalho original, os mesmos foram convidados a retomar seus personagens. Porém, Francisco Cuoco e Betty Faria, recusaram os papéis de Roque Santeiro e Viúva Porcina, Lima Duarte retomou o personagem Sinhozinho Malta. Além de Lima, outros atores que participaram da versão censurada e que retornaram nesta com os mesmos papéis foram João Carlos Barroso, Luiz Armando Queiroz e Ilva Niño. Elizângela foi Tânia em 1975, desta vez viveu Marilda. Milton Gonçalves, que em 1975 interpretava o padre Hipólito, em 1985 foi Lourival Prata, o promotor público.

O clímax da telenovela foi quando padre Albano (Claudio Cavalcanti) bate o sino da igreja e reúne todos na praça da matriz para desvendar a farsa do santo que está vivo. Só que, nesse dia, o Beato Salu, que estava em coma, “ressuscita”, e o povo crente, em vez de ouvir a verdade, acaba celebrando mais uma vez os milagres de Roque Santeiro. "O mito é mais forte que a verdade" é a constatação. Essa inteligente sátira serviu para ilustrar, de forma decisiva, que Asa Branca representava uma miniatura do Brasil.

Foram gravados dois finais para a telenovela, um no estilo do filme Casablanca, no qual Porcina fica em dúvida se embarca com Roque no avião ou continua com Sinhozinho Malta, por fim vai embora. No final exibido a viúva opta por permanecer ao lado do coronel, e os dois terminam acenando para Roque, que vai embora.

Inúmeros foram os destaques do elenco, graças a personagens inesquecíveis: o Sinhozinho Malta de Lima Duarte; o casal Florindo Abelha e dona Pombinha de Ary Fontoura e Eloísa Mafalda; o padre Hipólito de Paulo Gracindo; Zé das Medalhas e sua reprimida esposa Lulu, Armando Bogus e Cássia Kiss; o hilário "guia turístico" Toninho Jiló de João Carlos Barroso(seu melhor papel na TV); o professor Astromar de Ruy Rezende (o lobisomem); o cego Jeremias de Arnaud Rodrigues; o engraçado Beato Salu de Nelson Dantas; as provocadoras "meninas da boate" de Claudia Raia, Isis de Oliveira, Yoná Magalhães e Nélia Paula; a confusa equipe de cinema, entre outros. Mas, com certeza, quem mais brilhou foi Regina Duarte, vivendo a Viúva Porcina, que de "Namoradinha do Brasil" passou a "Amante Nacional"!

Sinhozinho Malta tinha uma característica que ficou marcante e lembrada até os dias de hoje: quando estava nervoso, sacudia as pulseiras, num tique acompanhado por um efeito sonoro, que reproduzia o som de uma cascavel, seguido do bordão “Tô certo ou tô errado?”.

Primeira telenovela de Patrícia Pillar, Maurício Mattar e Cláudia Raia.
A telenovela atingiu 90 pontos de média em seu derradeiro capítulo, tendo chegado a 100 pontos em alguns momentos.

Roque Santeiro é, até hoje, a novela de maior audiência da história da televisão brasileira, tendo uma média geral de 74 pontos de audiência, segundo dados da própria Rede Globo.

Destaque para as execelentes trilhas da novela que criou fato inédito até então. Foram lançadas duas trilhas nacionais da novela, devido ao sucesso dos temas.

A telenovela também foi exibida em Portugal e em Angola, onde deu nome ao mercado aberto de Luanda.

Na primeira versão da telenovela, em 1975, o padre Hipólito se chamava padre Honório, sendo interpretado por Milton Gonçalves, e o bandido Navalhada se chamava Trovoada, papel de Rafael de Carvalho.

Roque Santeiro foi reapresentada pela Rede Globo em duas ocasiões:no fim da tarde, na Sessão Aventura, de 1 de julho de 1991 a 3 de janeiro de 1992; e de 11 de dezembro de 2000 a 29 de junho de 2001, às 14h20, na sessão Vale a Pena Ver de Novo. Na primeira reprise, compactada em 135 capítulos, a audiência foi satisfatória, muito maior do que a das séries estrangeiras que ocupavam o horário, conforme divulgado pela imprensa na época. Infelizmente, sua segunda reprise, em 145 capítulos, não foi um sucesso desejado pela emissora deixando a emissora varia vezes em segundo lugar no ibope, de acordo com o que foi divulgado pela imprensa, o que fez, pela primeira vez, exibir outro programa na faixa: Você Decide, que conseguiu reduzir mais ainda os índices de audiência.

Na reprise da Globo Internacional, começou pouco tempo depois do Brasil, em Janeiro de 2001.

Obs na Globo Internacional Roque Santeiro fui um sucesso de publico e de critica

QUEM É ROQUE SANTEIRO?

Luís Roque Duarte, conhecido como Roque Santeiro por sua habilidade em modelar santos, morre ao defender a população de Asa Branca do bandido Navalhada. Santificado pelo povo por este ato, Roque reaparece na cidade para pôr um fim ao mito criado sobre a sua história. A presença do "morto" leva ao desespero o padre Hipólito, o prefeito Florindo Abelha e o comerciante Zé das Medalhas, principal explorador da imagem do santo. O mais preocupado é Sinhozinho Malta, poderoso fazendeiro da região, que vê ameaçado seu romance com a Viúva Porcina. Esta sustentou durante anos uma mentira criada por Sinhozinho de que ela teria sido casada com o santo. Para piorar, Roque fica hospedado na casa dela, despertando o desejo da viúva.

TRILHA NACIONA:
 
01-Isso Aqui Tá Bom Demais - Dominguinhos part. esp. Chico Buarque) (tema de Sinhozinho Malta)
02-A Outra - Simone (tema de Lulu)
03-Sem Pecado e Sem Juízo - Baby Consuelo (tema de Linda Bastos e Gerson)
04-Chora Coração - Wando (tema de Mocinha)
05-Mistérios da Meia-noite - Zé Ramalho (tema do lobisomem)
06-Santa Fé - Moraes Moreira (tema de abertura)
07-Dona - Roupa Nova (tema de Porcina)
08-De Volta Pro Aconchego - Elba Ramalho (tema de Roque)
09-Indecente - Anne Duá (tema de Matilde)
10-Coração Aprendiz - Fafá de Belém (tema de Tânia)
11-Roque Santeiro - Sá & Guarabira (tema de locação)
12-Cópias Mal Feitas - Alceu Valença (tema de Zé das Medalhas)

TRILHA 2

01-Malandro Sou Eu - Beth Carvalho (tema de Roque)
02-Coisas do Coração - Ritchie (tema de Tânia)
03-Pelo Sim, Pelo Não - Cláudio Nucci e Zé Renato (tema de Sinhozinho Malta)
04-Vitoriosa - Ivan Lins (tema de Lulu)
05-Fruta Mulher - Nana Caymmi (tema de Matilde)
06-Verdades e Mentiras - Sá & Guarabira (tema de locação)
07-Mil e Uma Noites de Amor - Pepeu Gomes (tema de Linda Bastos e Gerson)
08-A Hora e a Vez - Cláudio Nucci e Zé Renato (tema de Porcina)
09-Mal Nenhum - Joanna (tema de Ninon e Delegado Feijó)
10-Entra e Sai de Amor - Altay Velloso (tema de Tânia e Padre Albano)
11-Amparito Amor - Cauby Peixoto (tema de Amparito Hernandez)
12-Mal de Raiz - MPB4 (tema de Mocinha)
 
PRÊMIOS:

Troféu APCA (1985):
Melhor Novela
Melhor Atriz - Regina Duarte
Melhor Ator - Lima Duarte
Revelação Feminina - Cláudia Raia
Melhor Texto de Novela - Dias Gomes e Aguinaldo Silva
Troféu Imprensa (1985):
Melhor Novela
Melhor Atriz - Regina Duarte
Melhor Ator - Lima Duarte
Revelação do Ano - Cláudia Raia (empate com Tetê Espindola)